GOMES, Augusto (Tringlês)

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GOMES, Augusto (Tringlês)

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Nível de descrição

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Código de referência

PT/CMMLG/GCMLG/MLG14/000549

Título

GOMES, Augusto (Tringlês)

Dimensão e suporte

1 pág.

Âmbito e conteúdo

GOMES, Augusto (Tringlês). Filho de Justina das Dores Gomes, solteira, camponesa, natural de Prado, onde morava. Neto materno de Manuel Narciso Gomes, de Prado, e de Maria Josefa Martins, de Alveios, Tui. Nasceu no lugar da Breia a 13/2/1885 e foi batizado na igreja paroquial a 24 desse mês e ano. Padrinhos: a sua avó materna, viúva, e Aurélio Augusto Vaz, solteiro, empregado do Juízo [de Direito] da comarca de Melgaço. // Lavrador. // Casou na igreja de Prado a 2/3/1908 com a sua conterrânea Carolina das Dores Gomes de Sousa, de 19 anos de idade, solteira, camponesa, filha de António Augusto Gomes de Sousa e de Maria José (ou Maria de Jesus) Vaz. Testemunhas presentes: Guilhermino Ribeiro e Beatriz da Boa Nova Gomes de Sousa, solteiros, camponeses, naturais de Prado. // Lê-se no Notícias de Melgaço n.º 221, de 28/1/1934: «Pelas treze horas do dia 27 deste mês os sinos da igreja da vizinha freguesia de Prado foram tocados a rebate, o que pôs em sobressalto os habitantes desta vila. Dado o sinal de alarme saíram em direcção àquela freguesia os nossos bombeiros voluntários, conduzindo o respectivo material, por julgarem tratar-se de um incêndio. Ao chegarem, porém, ao lugar de Galvão tiveram conhecimento de que se tratava de uma desordem e não de um incêndio, pelo que recolheram ao seu quartel. Entretanto os sinos continuavam a tocar a rebate, o que fez juntar naquela freguesia enorme quantidade de povo. No interesse de informarmos os nossos leitores também ali fomos e pudemos colher as seguintes informações: há pouco tempo um indivíduo do lugar de Virtelo, Cousso, cujo nome não pudemos saber, vendera ao lavrador Augusto Gomes, o Tringlês, uma vaca e uma toura pela quantia de 1.200$00. Passados dias o Tringlês quis desfazer-se do negócio, entregando ao vendedor os animais, alegando que a toura sofria de gota. O vendedor não se conformou, mas disse ao Tringlês que lhe levasse a vaca e a toura a Virtelo. O Tringlês, por qualquer motivo, conservou os animais à sua guarda até ao dia 27, [dia] em que apareceu em Prado o vendedor, acompanhado por um seu vizinho, os quais procuraram convencer o Tringlês a fazer-lhe entrega dos animais que lhe vendera. Este porém exigia que lhe restituísse a quantia de 50$00 que tinha entregado de sinal. O vendedor recusou-se à entrega do dinheiro, originando-se então o conflito. O Tringlês recebeu diversas varadas pelo corpo e na cabeça, que o fizeram baquear por terra. Aos gritos de socorro, acudiram os vizinhos, na sua maioria mulheres, que foram impotentes para conter em respeito os agressores. Foi então que os sinos da igreja foram tocados a rebate, juntando-se enorme multidão, que fazia uma gritaria infernal. Os agressores, vendo a atitude agressiva do povo, foram-se defendendo com o seu jogo de pau, fazendo a retirada desde o terreiro de Prado, pela estrada de Paderne, até ao lugar do Barral, São Paio, onde foram cercados pelo povo que os perseguia, entregando-se à prisão. Conduzidos para esta vila, por entre as vaias e ameaças do povo que os acompanhava, foram entregues à digna autoridade administrativa. O Tringlês, muito ferido, foi pensado na farmácia Barreiros, desta vila, pelos distintos clínicos senhores doutores Saavedra e Esteves, recolhendo mais tarde a sua casa em Prado. Para evitar estes graves conflitos, e outros semelhantes, seria da maior conveniência que as dignas autoridades deste concelho pedissem a criação dum posto da Guarda Nacional Republicana nesta vila.» // Morreu na sua freguesia de nascimento a 27/10/1960. // Com geração.

Idioma e escrita

Por.